Olá, pessoas, sejam bem-vindas de volta! No décimo segundo episódio da nossa série de resenhas do livro Mulheres que Amam Demais, de Robin Norwood, exploramos o capítulo Recuperação e Intimidade: Acabando com a Distância.
Este momento do livro marca uma virada importante. Afinal, depois de reconhecer o padrão do “amar demais” e iniciar o processo de cura, surge a pergunta: como criar relações íntimas saudáveis, sem repetir velhas armadilhas?
O medo da verdadeira intimidade
Primeiramente, Norwood nos lembra que muitas mulheres que amam demais confundem intensidade com intimidade. Estão acostumadas a relações cheias de drama, altos e baixos, mas que, no fundo, mantêm uma distância emocional.
Por outro lado, quando se deparam com a possibilidade de uma relação mais equilibrada, onde há calma e respeito, muitas se sentem desconfortáveis. Isso acontece porque a proximidade real exige vulnerabilidade e para quem passou a vida erguendo defesas, isso pode ser assustador.
Portanto, acabar com a distância não significa apenas se aproximar do outro, mas também enfrentar os próprios medos de entrega.
Histórias de mulheres em recuperação
Neste capítulo, Robin traz exemplos de mulheres que, mesmo em recuperação, ainda tinham dificuldade em permitir a intimidade. Algumas evitavam parceiros disponíveis, por medo de se sentir entediadas. Outras fugiam quando o relacionamento começava a se tornar mais sério, porque não sabiam lidar com a vulnerabilidade que isso exigia.
Um caso relatado é o de uma mulher que, após anos presa a relações destrutivas, finalmente encontrou um parceiro gentil e equilibrado. Entretanto, em vez de se sentir segura, ela se sentia inquieta e tentava criar conflitos para “sentir emoção”. Foi só na terapia que percebeu que estava confundindo calma com falta de amor.
Consequentemente, essa tomada de consciência abriu espaço para que ela aprendesse a diferenciar intensidade de intimidade.
O desafio da vulnerabilidade
De fato, Norwood insiste que a intimidade verdadeira exige coragem para mostrar quem realmente somos, inclusive nossas fragilidades. Isso significa:
-
Falar sobre sentimentos sem medo de rejeição.
-
Aceitar que não temos controle sobre o outro.
-
Permitir que alguém nos veja em nossos momentos de vulnerabilidade.
Além disso, o processo de recuperação inclui aprender que ser vulnerável não é sinal de fraqueza, mas de força. Só assim conseguimos construir relações onde há confiança e conexão genuína.
Passos para acabar com a distância
Norwood sugere alguns caminhos práticos para quem deseja superar o medo da intimidade:
-
Reconhecer padrões antigos – perceber quando você está tentando recriar o drama como forma de se sentir viva.
-
Valorizar a calma – aprender a apreciar relacionamentos estáveis, onde o respeito é constante.
-
Praticar a vulnerabilidade – compartilhar sentimentos pequenos, aos poucos, para ganhar confiança.
-
Buscar apoio contínuo – grupos terapêuticos ajudam a manter a consciência sobre velhos hábitos.
Além disso, Norwood reforça que a intimidade saudável se constrói com tempo e paciência. Não é algo que acontece de repente, mas sim um aprendizado diário.
Práticas de autocuidado para fortalecer a intimidade
Para apoiar esse processo, algumas práticas simples podem ajudar:
-
Escrita reflexiva: anote momentos em que você confundiu intensidade com intimidade. Pergunte-se: “O que realmente me faz sentir próxima de alguém?”
-
Ritual de confiança: acenda uma vela branca e afirme: “Eu me permito ser vista como sou.”
-
Exercício de escuta ativa: em conversas com amigos ou parceiros, pratique ouvir sem julgar ou interromper. Isso treina a presença na intimidade.
-
Banho de ervas suaves: camomila e lavanda para acalmar e abrir espaço para o acolhimento.
Essas práticas simbolizam a escolha por uma vida mais aberta e conectada, tanto consigo mesma quanto com os outros.
O encontro com o amor saudável
O ponto mais transformador deste capítulo é perceber que a recuperação não se limita a sair de relações destrutivas, mas também inclui aprender a permanecer em relações saudáveis.
Isso exige novas lentes para enxergar o amor. Em vez de buscar adrenalina e conflito, a mulher que se recupera aprende a valorizar a paz, a parceria e a troca equilibrada.
Assim, acabar com a distância é, na verdade, abrir espaço para um encontro verdadeiro.
Reflexão final
O capítulo Recuperação e Intimidade: Acabando com a Distância mostra que a cura não termina quando deixamos para trás relacionamentos tóxicos. Ela continua no desafio de nos abrirmos para vínculos reais, onde somos vistas e aceitas como somos.
Então, a mensagem é clara: amar demais não é intimidade. Intimidade verdadeira exige presença, vulnerabilidade e coragem.
No próximo episódio, o último desta série, vamos para Despedidas e Recomeços: Vozes de Mulheres em Transformação. Será o momento de olhar para os frutos do processo de cura e celebrar novos inícios.
Até lá, lembre-se: permitir-se ser vista é o primeiro passo para acabar com a distância.
Vamos juntas? 🌱
Gostou deste post? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe suas expectativas para esta série. E não se esqueça de se inscrever em nossa newsletter para não perder nenhum capítulo!
Estamos no Youtube e também no Spotify!
Veja também:
-
EP1 – Mulheres que Amam Demais: introdução à resenha em podcast
-
EP4 – Mulheres que Amam Demais: Se Eu Sofrer Por Você, Você Me Amará?
-
EP5 – Mulheres que Amam Demais: A Necessidade de Ser Necessária
-
EP7 – Mulheres que Amam Demais: Homens que Escolhem Mulheres que Amam Demais
-
EP9 – Mulheres que Amam Demais: Quando um Vício Alimenta o Outro
-
EP11 – Mulheres que Amam Demais: O Caminho para a Recuperação