EP9 – Mulheres que Amam Demais, Quando um Vício Alimenta o Outro

Olá pessoas! Esse capítulo traz relatos de mulheres cujas vidas ficaram entrelaçadas não apenas com a dor emocional, mas também com dependências químicas, seja do parceiro ou delas mesmas. Ao falar de vícios, Robin expõe como a dinâmica do “amar demais” funciona como combustível para a manutenção de comportamentos autodestrutivos.

Amor e dependência: um ciclo vicioso

Primeiramente, Norwood nos lembra que amar demais também é uma forma de vício. Assim como o álcool ou as drogas, o amor obsessivo atua como anestésico para feridas antigas. A mulher que ama demais busca, no relacionamento, a mesma sensação de alívio que um dependente químico encontra na substância.

Além disso, quando ela se envolve com um homem que já luta contra o vício, ambos passam a se alimentar mutuamente. Enquanto ele depende da substância, ela depende dele para sentir que tem valor. Dessa forma, os dois se enredam em um ciclo de dor: cada recaída dele reforça a necessidade dela de cuidar, e cada ato de cuidado dela reforça a dependência dele.

Consequentemente, o que poderia ser apenas um problema individual se transforma em um laço doentio.

Histórias reais de “vícios entrelaçados”

Norwood apresenta casos em que a dinâmica fica clara. Um exemplo é o de uma mulher que se envolveu com um homem alcoólatra. Ela acreditava que sua presença seria suficiente para ajudá-lo a mudar. Entretanto, o que ocorreu foi o contrário: a cada recaída dele, ela se tornava mais obcecada em controlá-lo, deixando de lado a própria vida.

Outro caso trazido no livro mostra como algumas mulheres, além de viverem com parceiros dependentes, acabam desenvolvendo vícios próprios, como compulsão alimentar ou uso abusivo de medicamentos. Em outras palavras, o corpo também começa a expressar a dor da alma, e o ciclo se torna ainda mais difícil de romper.

Portanto, o capítulo evidencia que não é apenas o vício do parceiro que destrói, mas também os vícios ocultos da própria mulher, que surgem como tentativa de suportar a relação.

O poder da negação

Por outro lado, Norwood destaca que o principal obstáculo nesses relacionamentos é a negação. Assim como um dependente químico afirma não ter problema, a mulher que ama demais insiste em dizer que “está tudo sob controle”.

Ela acredita que o amor vai curar, que a paciência será suficiente, que o próximo mês será diferente. Mas, enquanto isso, a vida real vai sendo corroída pelo peso da ilusão.

Além disso, a negação funciona como anestesia: enquanto ela finge que não há problema, não precisa lidar com sua própria solidão, carência ou medo de abandono. Dessa maneira, o vício afetivo se sustenta.

Como romper o ciclo?

Portanto, a grande pergunta deste capítulo é: como quebrar esse ciclo em que um vício alimenta o outro?

Norwood sugere alguns passos fundamentais:

  1. Reconhecer o problema – admitir que a relação é doentia e que o cuidado excessivo não resolve.

  2. Buscar apoio externo – grupos como Al-Anon e terapias de suporte são caminhos eficazes.

  3. Olhar para si mesma – perceber que a obsessão pelo outro também é uma forma de dependência.

  4. Praticar autocuidado – reconstruir a vida pessoal com atividades, amizades e práticas que devolvam autonomia.

Além disso, Robin reforça que a mudança não é instantânea. Da mesma forma que um dependente químico precisa de tempo para se recuperar, a mulher que ama demais também precisa de paciência e perseverança para reconstruir sua vida.

Práticas de apoio no cotidiano

Inspirada no capítulo, deixo aqui algumas práticas que podem ajudar a fortalecer a jornada de quem se identifica com esse padrão:

  • Banho de descarrego com arruda e alecrim: para simbolizar o corte de vínculos pesados.

  • Escrita reflexiva: anote sempre que sentir vontade de “salvar” alguém. Pergunte: “O que realmente está em minhas mãos?”

  • Meditação curta: pratique cinco minutos de respiração consciente quando a ansiedade pelo outro surgir.

  • Rede de apoio: compartilhe suas experiências com amigas ou grupos, em vez de carregar tudo sozinha.

Essas pequenas práticas não substituem ajuda profissional, mas funcionam como lembretes de que a vida pode ser vivida de forma mais leve.

Reflexão

O capítulo Quando um Vício Alimenta o Outro é um dos mais impactantes porque revela a profundidade do ciclo de dependência em que muitas mulheres estão presas. Não se trata apenas de amar demais, mas de viver em torno de vícios mútuos que corroem a saúde emocional, física e espiritual.

Então, a lição central é clara: não existe cura no sacrifício silencioso. O caminho da transformação começa ao romper com a negação, buscar apoio e, sobretudo, voltar o olhar para si mesma.

No próximo episódio, vamos enfrentar outro tema intenso: Morrer por Amor. Robin mostra como, em alguns casos extremos, o ciclo do “amar demais” pode levar à autodestruição.

Até lá, lembre-se: vício não se cura com amor sacrificial, mas com consciência, apoio e escolhas novas.

Vamos juntas? 🌱

 

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